Procura não entrar em nenhuma briga; Mas, entrando, encurrala o medo no inimigo.
(Polônio, Cena III, Ato I, em Hamlet, de W. Shakespeare)
Colegas sindicalizados, iniciamos por pedir que perdoem o tom pessoal que esse texto tenderá a assumir: o Sind-UFLA precisa de vocês.
A questão que aqui nos ocupa é de interesse de todos e de todas as Técnicas Administrativas que cotidianamente constroem essa Universidade com o seu trabalho e com a sua dedicação. O que está em jogo é a nossa carreira, são os nossos salários, é o bem estar das nossas famílias, a educação dos nossos filhos, a nossa dignidade no trabalho.
Ao longo dos últimos anos, nossa categoria viveu um agudo processo de desmobilização e de alheamento às questões que nos tocam de perto. Há um aforismo bastante conhecido que diz que os ausentes nunca têm razão. Delegaram a outrem as decisões que lhes tocava tomar e, para o bem ou para o mal, comprometeram-se com as conseqüências dessa omissão.
Contudo, estamos diante de uma decisão que é importante demais para que qualquer colega sindicalizado decida se omitir; uma decisão que é importante demais para ser tomada por uma Assembleia esvaziada. Uma Assembleia de Greve não é qualquer Assembleia.
Por isso, pedimos que cada sindicalizado se faça representar e seja partícipe na construção dessa decisão. Pedimos que conversem com os seus colegas e busquem mobilizar os seus setores, para que a decisão dessa quinta-feira tenha em seu favor o peso da legitimidade conferida por uma Assembleia lotada.
Os Técnicos Administrativos em Educação do Brasil inteiro se engajaram na Campanha Brasil Participativo, proposta pelo governo Lula, e a proposta de reestruturação da nossa carreira foi a terceira mais votada do país.
Apesar disso, ouvimos do governo que não seríamos considerados no Plano Plurianual, mas, como compensação, teríamos prioridade nas mesas de negociação.
Nossa categoria se mobilizou, construiu um Grupo de Trabalho nacional, dedicado à elaboração de uma proposta de reestruturação da nossa carreira – um grupo que, diga-se, contou com contribuições do nosso GT Local, constituído por membros da Direção e da Base do Sind-UFLA.
Nossa proposta de reestruturação da carreira foi entregue ao governo em Outubro passado. No último dia 22, quase cinco meses depois, o governo finalmente nos apresentou a sua contra-proposta. O que ele nos oferece? Nada!
Aceitaremos essa proposta? Ou entraremos em greve?
Caberá à Base do Sind-UFLA decidir – esperamos nós – na maior Assembleia dos últimos anos.
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