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Covid: para primeira indígena vacinada no Brasil, ciência vencerá "política genocida"

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Vanuza Kaimbé, que já contraiu a covid e sofre com sequelas, viu dois primos morrerem da doença na Zona Leste de SP

Vanuza ao ser vacinada em São paulo neste domingo (17): oito meses depois de ter sido infectada pela covid-19, ela ainda convive com as sequelas e teme não conseguir mais recuperar totalmente o olfato e o paladar - Crédito das fotos: Governo do Estado de São Paulo/Flickr Receber a primeira dose da CoronaVac neste domingo (17) em São Paulo, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19, representa uma esperança para Vanuza Kaimbé, primeira indígena vacinada no Brasil. Aos 50 anos, com experiência como técnica de enfermagem, inclusive no atendimento à população indígena na capital paulista, e recém-formada em Assistência Social com bolsa integral pela PUC-SP, Vanuza explica que espera um choque de realidade no país diante da crise sanitária. “Desejo que o povo acorde para o que o acontece hoje no Brasil e que a ciência vença a política genocida e a ignorância”, afirma Vanuza, que é também presidenta do Conselho do Povo Kaimbé no estado de São Paulo. Em maio de 2020, ela também foi contaminada pela Covid-19. “Não foi fácil passar por esta doença, eu tive falta de ar e dores pelo corpo. Essa doença afeta nosso sistema nervoso, deixa a gente confusa, a gente chora. Eu sentia muito medo e quando a gente pensa que está se recuperando vem uma dor no corpo, uma fraqueza”, relata. Oito meses depois, ela ainda convive com as sequelas e teme não conseguir mais recuperar totalmente o olfato e o paladar, atingidos pela infecção. Não bastasse as dores físicas, ela ainda vive o luto pela morte de dois primos moradores de Itaquaquecetuba e de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista, vítimas da Covid-19. Vivendo atualmente na Aldeia Filhos Dessa Terra, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ela conta que foi escolhida para ser a primeira indígena a tomar vacina por conta de uma campanha que iniciou há meses ao lado de outras lideranças que pressionaram o governo paulista e o Instituto Butantan. Fora os indígenas do povo Kaimbé, outros moradores da aldeia onde vive, dos povos Tupi Guarani, Pankararé e Pankararu, também foram contaminados pela Covid-19. “Depois de lutar, conseguimos ampliar as testagens nas aldeias e também em indígenas que vivem na cidade”, explica. Além da defesa pela vacinação contra Covid-19, a representante do povo Kaimbé em São Paulo também levanta outras bandeiras. “Me preocupo muito com meus parentes indígenas das diferentes etnias e nossa luta por saúde, educação, terra e moradia. Os governos devem reconhecer os indígenas aldeados e os que vivem nas cidades, já que somos uma grande maioria hoje e nossa luta é antiga como povos originários”, destaca. Vanuza levanta ainda o papel dos povos indígenas na preservação das condições para que a humanidade possa sobreviver na Terra. “Somos os povos originários do Brasil e lutamos pela preservação do meio ambiente e pela vida tanto daqueles que nos odeiam, quanto daqueles que são favoráveis às nossas causas. Defendemos a vida da humanidade, ao contrário deste governo (Jair Bolsonaro) que nega a ciência, a educação e é totalmente desrespeitoso com o Brasil”, finaliza Vanuza.

Vanuza ao ser vacinada em São paulo neste domingo (17): oito meses depois de ter sido infectada pela covid-19, ela ainda convive com as sequelas e teme não conseguir mais recuperar totalmente o olfato e o paladar - Crédito das fotos: Governo do Estado de São Paulo/Flickr Receber a primeira dose da CoronaVac neste domingo (17) em São Paulo, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19, representa uma esperança para Vanuza Kaimbé, primeira indígena vacinada no Brasil. Aos 50 anos, com experiência como técnica de enfermagem, inclusive no atendimento à população indígena na capital paulista, e recém-formada em Assistência Social com bolsa integral pela PUC-SP, Vanuza explica que espera um choque de realidade no país diante da crise sanitária. “Desejo que o povo acorde para o que o acontece hoje no Brasil e que a ciência vença a política genocida e a ignorância”, afirma Vanuza, que é também presidenta do Conselho do Povo Kaimbé no estado de São Paulo. Em maio de 2020, ela também foi contaminada pela Covid-19. “Não foi fácil passar por esta doença, eu tive falta de ar e dores pelo corpo. Essa doença afeta nosso sistema nervoso, deixa a gente confusa, a gente chora. Eu sentia muito medo e quando a gente pensa que está se recuperando vem uma dor no corpo, uma fraqueza”, relata. Oito meses depois, ela ainda convive com as sequelas e teme não conseguir mais recuperar totalmente o olfato e o paladar, atingidos pela infecção. Não bastasse as dores físicas, ela ainda vive o luto pela morte de dois primos moradores de Itaquaquecetuba e de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista, vítimas da Covid-19. Vivendo atualmente na Aldeia Filhos Dessa Terra, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ela conta que foi escolhida para ser a primeira indígena a tomar vacina por conta de uma campanha que iniciou há meses ao lado de outras lideranças que pressionaram o governo paulista e o Instituto Butantan. Fora os indígenas do povo Kaimbé, outros moradores da aldeia onde vive, dos povos Tupi Guarani, Pankararé e Pankararu, também foram contaminados pela Covid-19. “Depois de lutar, conseguimos ampliar as testagens nas aldeias e também em indígenas que vivem na cidade”, explica. Além da defesa pela vacinação contra Covid-19, a representante do povo Kaimbé em São Paulo também levanta outras bandeiras. “Me preocupo muito com meus parentes indígenas das diferentes etnias e nossa luta por saúde, educação, terra e moradia. Os governos devem reconhecer os indígenas aldeados e os que vivem nas cidades, já que somos uma grande maioria hoje e nossa luta é antiga como povos originários”, destaca. Vanuza levanta ainda o papel dos povos indígenas na preservação das condições para que a humanidade possa sobreviver na Terra. “Somos os povos originários do Brasil e lutamos pela preservação do meio ambiente e pela vida tanto daqueles que nos odeiam, quanto daqueles que são favoráveis às nossas causas. Defendemos a vida da humanidade, ao contrário deste governo (Jair Bolsonaro) que nega a ciência, a educação e é totalmente desrespeitoso com o Brasil”, finaliza Vanuza.

Vanuza ao ser vacinada em São paulo neste domingo (17): oito meses depois de ter sido infectada pela covid-19, ela ainda convive com as sequelas e teme não conseguir mais recuperar totalmente o olfato e o paladar - Crédito das fotos: Governo do Estado de São Paulo/Flickr Receber a primeira dose da CoronaVac neste domingo (17) em São Paulo, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19, representa uma esperança para Vanuza Kaimbé, primeira indígena vacinada no Brasil. Aos 50 anos, com experiência como técnica de enfermagem, inclusive no atendimento à população indígena na capital paulista, e recém-formada em Assistência Social com bolsa integral pela PUC-SP, Vanuza explica que espera um choque de realidade no país diante da crise sanitária. “Desejo que o povo acorde para o que o acontece hoje no Brasil e que a ciência vença a política genocida e a ignorância”, afirma Vanuza, que é também presidenta do Conselho do Povo Kaimbé no estado de São Paulo. Em maio de 2020, ela também foi contaminada pela Covid-19. “Não foi fácil passar por esta doença, eu tive falta de ar e dores pelo corpo. Essa doença afeta nosso sistema nervoso, deixa a gente confusa, a gente chora. Eu sentia muito medo e quando a gente pensa que está se recuperando vem uma dor no corpo, uma fraqueza”, relata. Oito meses depois, ela ainda convive com as sequelas e teme não conseguir mais recuperar totalmente o olfato e o paladar, atingidos pela infecção. Não bastasse as dores físicas, ela ainda vive o luto pela morte de dois primos moradores de Itaquaquecetuba e de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista, vítimas da Covid-19. Vivendo atualmente na Aldeia Filhos Dessa Terra, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ela conta que foi escolhida para ser a primeira indígena a tomar vacina por conta de uma campanha que iniciou há meses ao lado de outras lideranças que pressionaram o governo paulista e o Instituto Butantan. Fora os indígenas do povo Kaimbé, outros moradores da aldeia onde vive, dos povos Tupi Guarani, Pankararé e Pankararu, também foram contaminados pela Covid-19. “Depois de lutar, conseguimos ampliar as testagens nas aldeias e também em indígenas que vivem na cidade”, explica. Além da defesa pela vacinação contra Covid-19, a representante do povo Kaimbé em São Paulo também levanta outras bandeiras. “Me preocupo muito com meus parentes indígenas das diferentes etnias e nossa luta por saúde, educação, terra e moradia. Os governos devem reconhecer os indígenas aldeados e os que vivem nas cidades, já que somos uma grande maioria hoje e nossa luta é antiga como povos originários”, destaca. Vanuza levanta ainda o papel dos povos indígenas na preservação das condições para que a humanidade possa sobreviver na Terra. “Somos os povos originários do Brasil e lutamos pela preservação do meio ambiente e pela vida tanto daqueles que nos odeiam, quanto daqueles que são favoráveis às nossas causas. Defendemos a vida da humanidade, ao contrário deste governo (Jair Bolsonaro) que nega a ciência, a educação e é totalmente desrespeitoso com o Brasil”, finaliza Vanuza.

Edição: Rogério JordãoFonte: Brasil de Fato 

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