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NOTA COM OS MOTIVOS DO INDICATIVO DE GREVE


Na Assembleia Unificada da última semana (02/09) foi debatido os motivos para o não retorno das atividades 100% presenciais em nossa universidade, visto que são inúmeros os fatores que não colaboram para um retorno seguro, além da questão da maneira autocrática a qual foram construídas e apresentadas as políticas que determinam esse movimento de retorno. Na manhã do último domingo (05/09) foi publicada na imprensa local a descoberta da presença da variante taxonômica “Delta” do Sars-Cov-2 em amostra de pacientes em nosso município de Lavras, através de pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Biomédicas de nossa própria instituição.


A volta das atividades presenciais do corpo técnico-administrativo foi imposta e ocorreu na última quarta-feira (08/09), não respeitando a completude do plano vacinal da maioria dos/as trabalhadores/as, tampouco os 14 dias, reconhecidos como período de janela de imunização, sendo esse tempo necessário e cientificamente comprovado para a proteção do indivíduo. Hoje já há inúmeras denúncias de falta de equipamento de proteção individual como as máscaras profissionais (PFF2/N95), as recomendadas para a proteção contra o novo coronavírus. É inadmissível o retorno às atividades presenciais sem EPI´s e sem vacinação. Esses fatos foram discutidos em assembleia realizada também na última quarta-feira, a qual nossa categoria concluiu que a vida é um bem inegociável!!!


A volta das atividades práticas presenciais significa pessoas de várias partes do país vindo para uma cidade do interior com sistema hospitalar frágil, com o agravante da circulação comunitária da variante Delta do coronavírus, variante essa considerada mais contagiosa e possivelmente mais letal.


Mesmo países com melhor gestão de políticas de controle da pandemia estão tendo regressão com a chegada da variante, é um verdadeiro atentado aos servidores/as, estudantes e toda a comunidade de Lavras e região a imposição volta em um momento que deveria ser de alerta, vigilância e cuidados redobrados. Lembrando que nossa cidade não tem estrutura médica nem hospitalar para atender as pessoas em um provável surto da doença, como mesmo infelizmente acompanhamos há pouco meses.


Qualitativamente não está havendo perdas na produtividade dos/as servidores/as que estão em regime de trabalho remoto. Já estamos na metade do período letivo corrente. Por qual motivo retomar as atividades presenciais justamente no período que a variante Delta começa a se disseminar em nosso município? O retorno das atividades 100% presenciais em 08/09 e o retorno das aulas práticas em 27/09 facilitará a disseminação do novo corona vírus e ainda não há dados que demonstrem eficácia das vacinas contra essas novas variantes.


Pensando na proteção de todos e todas, reivindicamos aguardar a imunização, no mínimo, de toda comunidade acadêmica. Por isso aprovamos um INDICATIVO DE GREVE SANITÁRIA e reivindicamos urgentemente uma reunião com a Reitoria. Agiremos pela revogação imediata da portaria que estabelece a política de retorno às atividades presenciais e a resolução do CEPE que determina o retorno das aulas práticas. Pela greve sanitária em defesa das nossas vidas e das vidas das pessoas que amamos!

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